Ó VIRGEM DO BOM CONSELHO/ DIVINA MÃE DO SENHOR/DOS FILHOS TEUS DE PRINCESA/ACOLHE A PRECE DE AMOR! -Teu nome santo e suave/bendito por toda plaga/voa no azul como ave/ canta no mar como a vaga. -Toda pureza do amor/toda doçura do olhar/voltaste aos filhos queridos/desta Princesa sem par. -Por isso ó Mãe padroeira/filha dileta da cruz/ faze de nós caminheiros de um paraíso de luz.


domingo, março 3


Comentário: Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I. (Città del Vaticano, Vaticano)
Se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo
Hoje, terceiro domingo de Quaresma, a leitura evangélica contem uma chamada à penitência e à conversão. Ou, mais bem, uma exigência de mudar de vida.

“Converter-se” significa, na linguagem do Evangelho, mudar de atitude interior, e também de estilo externo. É uma das palavras mais utilizada no Evangelho. Lembremos que, antes da vinda do Senhor Jesus, São Batista resumia sua predicação com a mesma expressão: «Pregando um batismo de conversão» (Mc 1,4). E, logo depois, a predicação de Jesus se resume com estas palavras: «Convertei-vos e crede na Boa Nova» (Mc 1,15).

Esta leitura de hoje tem, contudo, características próprias, que pedem atenção fiel e resposta conseqüente. Pode-se dizer que a primeira parte, com ambas as referências históricas (o sangue derramado por Pilato e a torre derribada), contem uma ameaça. Impossível chamá-la de outro jeito!: lamentamos as duas desgraças –então sentidas e choradas- mas Jesus Cristo, com muita seriedade, nos diz a todos: «Se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo» (Lc 13,5).

Isto mostra-nos duas coisas. Primeiro, a absoluta seriedade do compromisso cristão. E segundo: de não respeitá-lo como Deus quer, a possibilidade de uma morte, não neste mundo, mas muito pior, no outro: a eterna perdição. As duas mortes do nosso texto não são mais que figuras de outra morte, sem comparação com a primeira.

Cada qual, saberá como esta exigência de mudança se lhe apresenta. Ninguém fica excluído. Se isto causa-nos inquietação, a segunda parte nos consola. O “vinhateiro”, que é Jesus, pede ao dono da vinha, seu Pai, que espere um ano ainda. E, entretanto, Ele fará todo o possível (e o impossível, morrendo por nós) para que a vinha dê fruto. Que dizer, mudemos de vida! Esta é a mensagem da Quaresma. Levemo-lo, então a sério. Os santos –São Inácio, por exemplo, embora tarde em sua vida- por graça de Deus mudam e nos animam a mudar.


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